6 de nov. de 2009

Tempo

No cardápio, legumes grelhados (salpicados com discussão sobre os efeitos do mesmo período de tempo no cozimento de cada um deles) e caipirinha. No som, "Resposta ao tempo" da Nana Caymmi e "Tempos Modernos" regravado pela Marisa Monte...

Eis um resumo das indagações filosofadas:
- Pode existir alguma razão científica para o tempo estar, de fato, passando mais depressa?
- Outras gerações também têm essa sensação de aceleração do tempo?
- O dia tem as mesmas 24 horas para todo mundo (inclusive para o Papa e para o Presidente da República). A sensação de que não há tempo suficiente significa que há algo de errado com nossas escolhas / definição de prioridades?
- Quanto nossa "disponibilidade virtual sem limites" nos consome tempo que vai sendo subtraído sem que percebamos?
- Com os acontecimentos e informações chegando em alta velocidade, estamos passando mais e mais tempo dentro de nossas próprias cabeças, tentando processar todo esse caos. Será que é este tempo que estamos esquecendo de computar como "tempo vivido"?
- Um pouco do sucesso das religiões não se dá também em função da "prorrogação" que oferecem à nossa curta vida regulamentar?


Agradeço à Maria Paula pela companhia e pelas férteis conversas dessa noite.

Um comentário:

  1. Oi, Cami. Obrigada por dividir com as ausentes também!

    De minha parte, tenho essa sensação de tempo correndo só quando estou no dia-a-dia. Quando saio de férias (como foi agora) a sensação é totalmente inversa: 15 dias 'on voyage' parecem mais que 30. 1 ano sabático vale por uma vida inteira de pequenas e diluídas experiências do dia-a-dia. O que confirma duas questões que você postou (sobre a disponibilidade virtual e as informações em alta velocidade).

    Beijoscas e inté o próximo!

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